top of page
Foto do escritorEquipe PRO|GRUPO

Como Estudar para Provas Discursivas




Olá, Pessoal, tudo bem?


Diante dos excelentes questionamentos recebidos no instagram sobre estudo para provas discursivas, decidi responder as perguntas sobre o assunto aqui no blog. Desse modo, o material fica eternizado no nosso espaço de estudo online.


Vamos lá?


O tema da caixinha de perguntas foi o seguinte:


Qual a sua maior dificuldade no estudo para provas discursivas?


Passo, então, para a análise dos principais questionamentos apresentados.


1. Abranger todo o conteúdo do espelho. Muitas vezes, sou muito direta na hora de responder.

O primeiro ponto que precisamos ter em mente é que ser direto ou objetivo não é um defeito. Se levarmos em consideração a quantidade de linhas que a banca disponibiliza para as respostas, ouso dizer que ela espera do candidato essa objetividade.

Contudo, não queremos que essa objetividade seja entendida como incompletude de resposta. Nesse sentido, algumas dicas ganham papel de destaque:


Dica 1.


Fazer uma leitura completa da prova antes de responder as perguntas. Isso faz com que o estudante raciocine pontos importantes sobre a questão ao longo da prova.


Dica 2.


Não responda a pergunta assim que terminar de ler o enunciado. Organize primeiro as ideias. Nesse sentido, é muito interessante ler o enunciado com atenção e grifando os termos importantes. O enunciado fala, mas precisamos estar atentos aos mínimos detalhes para acertar todo o espelho de correção (ou o máximo possível).


Sobre esse ponto, segue um exemplo de enunciado e espelho de resposta apresentados na turma 1 da Mentoria Coletiva. Notem como o enunciado fala. Os termos grifados com a mesma cor pertencem às respostas dos itens a, b e c.





Dica 3.

Desse modo, sempre que possível, tente fazer um esquema de resposta no rascunho. É muito interessante que esse esquema contenha a disposição constitucional do instituto, a disposição legal, o conceito do instituto, as súmulas dos Tribunais Superiores (ou o teor da súmula, caso não lembre a numeração), bem como o entendimento dos Tribunais Superiores sobre o caso apresentado. Com a apresentação dos fundamentos constitucionais, legais, doutrinários e jurisprudenciais sobre a matéria abordada na questão, a chance de acertar o espelho de correção é muito maior.


Dica 4


Após esquematizar a resposta (lembre-se, é um esquema com os principais pontos, afinal, nem sempre temos tempo suficiente para fazer rascunho), organize as ideias para que elas sejam apresentadas de forma lógica na resposta. Além disso, tente seguir a ordem de questionamento apresentada pela Banca no enunciado da questão. Essa prática, além de auxiliar o examinador no check list da correção, evidencia o raciocínio jurídico do candidato.


Dica 5


Por fim, o estudo de questões discursivas e espelho de correção disponibilizados pelas bancas é muito importante para identificar um certo padrão de cobrança e abordagem. Esse treino fará total diferença no dia da prova.

2. Desenvolver o raciocínio jurídico para cada caso


Antes de apresentar algumas dicas que podem auxiliar o desenvolvimento desse raciocínio jurídico, é importante frisar que a referência constitucional e legal do instituto, os conceitos doutrinários relacionados ao tema, as súmulas e decisões dos Tribunais Superiores sobre a temática abordada na questão sempre aparecem no espelho de correção.


Desse modo, o raciocínio jurídico a ser desenvolvido para cada caso passa pela análise desses pilares do Direito.


Na linha desse entendimento, algumas dicas podem auxiliar o estudante a desenvolver esse raciocínio jurídico, como, por exemplo:


1. Leitura de inteiro teor de julgados importantes. A forma como os argumentos são apresentados pelos Ministros é uma verdadeira aula de raciocínio jurídico;

2. Leitura do padrão de resposta e espelho de correção disponibilizados pelas bancas;

3. Leitura dos comentários dos informativos pelo site do Dizer o Direito.

3. Lembrar conceitos, natureza jurídica dos institutos e requisitos da jurisprudência

Primeiramente, é importante destacar que a assimilação de uma grande quantidade de informações demanda tempo de estudo, revisão, resolução de questões, além de contato constante com a matéria para diminuir a curva de esquecimento.

Diante de tais considerações, a compreensão dos institutos do Direito através de associações e recursos mnemônicos ganha papel de destaque. Decorar o conceito de TODOS os institutos jurídicos pode ser uma tarefa um tanto quanto desafiadora e perigosa, afinal, corremos o risco de esquecer esses conceitos na hora da prova, principalmente por conta da influência do emocional.

Uma dica interessante sobre essa questão da assimilação e retenção de conhecimento é a elaboração de esquemas de respostas de diversas questões subjetivas para ter contato com muitas possibilidades de cobrança. Essa prática auxilia muito a assimilação do conteúdo cobrado por sistematização. O sumário dos livros também auxilia a elaboração dos esquemas, a revisão e a sistematização do conhecimento.

Exemplo ilustrativo do capítulo de Responsabilidade Civil do Livro de Direito Administrativo do Matheus Carvalho.


4. Começar a escrever a resposta

Caso a questão apresente um questionamento direto, é interessante que o estudante comece a resolver a questão subjetiva com a resposta da pergunta e, em seguida, desenvolva o raciocínio jurídico com a apresentação do conceito do instituto, disposição constitucional e legal, súmulas e entendimento dos Tribunais Superiores.

Caso o estudante não saiba a resposta, é interessante desenvolver o raciocínio jurídico para, então, concluir a resposta com o resultado do raciocínio.

5. Colocar no papel as ideias que estão na cabeça de maneira coesa e bem elaborada.

Como já mencionado anteriormente, a elaboração de um esquema de resposta auxilia muito o estudante na hora de colocar as ideias no papel. Assim, é interessante extrair dos termos importantes apresentados na questão os dispositivos legais correlatos, o entendimento dos Tribunais Superiores sobre a matéria, o instituto objeto de cobrança e o conceito correspondente. Anotar todas essas ideias no rascunho é o ponto de partida para organizá-las e apresentá-las de forma coerente na folha de resposta.

Raciocínio: começo, meio e fim. Parece que eu nunca consigo finalizar com sucesso.

Além de todos os temas já tratados no presente texto, vou pontuar aqui uma dica que mudou completamente a minha forma de responder as questões subjetivas e sair daquela paralisação inicial do “eu não sei responder” ou “eu não sei por onde começar”: estudo dos conectivos da língua portuguesa.

Aprender sobre as variedades dos conectivos introdutórios, de desenvolvimento, de contradição, de adição e de conclusão proporciona ritmo para as respostas e, em uma prova de concurso, ritmo está totalmente relacionado com tempo de prova. Some-se a isso o fato de que os textos ficam mais coesos e o raciocínio mais evidente.

Por conta da importância desse assunto, seguem alguns exemplos de conectivos importantes para elaboração de um texto coerente.


Todos os conectivos foram extraídos do site www.normaculta.com.br

Conectivos que indicam introdução e relevância

  • primeiramente

  • em primeiro lugar

  • antes de mais nada

  • antes de tudo

  • acima de tudo

  • para começar

  • sobretudo

  • principalmente

  • primordialmente

Conectivos que indicam sequência e continuidade

  • depois

  • após

  • logo depois

  • logo após

  • na sequência

  • imediatamente

  • em seguida

  • depois de

  • logo que

  • assim que

  • logo

  • então

Conectivos que indicam conclusão, resumo e recapitulação

  • por isso

  • assim

  • assim sendo

  • então

  • logo

  • enfim

  • portanto

  • em conclusão

  • em síntese

  • em resumo

  • em suma

  • para terminar

  • por último

  • resumidamente

  • desse modo

  • dessa forma

  • dessa maneira

  • destarte

  • dessarte

6. Como conciliar o estudo entre objetivas e subjetivas

O estudo para provas objetivas e subjetivas envolve basicamente os mesmos pilares, afinal, é interessante o estudo e a revisão da lei seca, conceitos doutrinários importantes, súmulas e informativos.

Dessa forma, o termo “conciliar o estudo” fica por conta da prática, do treino.


Nas hipóteses em que as provas objetivas e subjetivas são aplicadas no mesmo dia, é muito importante treinarmos questões objetivas e subjetivas. É durante o treino que o estudante identifica os pontos de dificuldades e os temas que precisam de um aprofundamento maior para a segunda fase. Com essas informações, é só partir para o estudo, revisão e aprofundamento.


7. Como estudar a banca para a segunda fase

O estudo de banca é muito importante para aqueles que se preparam para concurso público. Costumo dizer que é o ponto do estudo que diferencia os candidatos. Esse foi o principal fator que me levou à aprovação no concurso da PGE/PR.

A razão da importância desse estudo é simples: é natural que os examinadores cobrem assuntos que lhe são familiares e sobre os quais tenham material publicado ou palestras ministradas.

Nesse contexto, é importante destacar duas situações passíveis de ocorrência:

Concursos elaborados por banca própria

Nesse caso, é interessante adotar a estratégia consistente no estudo dos temas abordados nos materiais publicados pelos membros da banca.


Esses materiais incluem livros, artigos, periódicos, área de atuação, lives no instagram, palestras no youtube etc.

Além disso, é importante navegar pelo site da carreira para a qual você prestará o concurso com o intuito de analisar temas importantes e sensíveis. Normalmente, esses temas estão na aba “notícias” do site. O TJ local também é uma importante fonte de busca desses temas.

Concursos elaborados por bancas como Cebraspe, Vunespe e FCC.


Nesse caso, é importante baixar as provas discursivas realizadas pela banca examinadora em concursos anteriores. Treinar essas questões proporcionará ao estudante um panorama geral de cobrança e abordagem.


Essas provas podem ser encontradas no site da própria carreira, no site do PCIConcursos, no site www.questõesdiscursivas.com.br, além de livros específicos de questões discursivas comentadas.


Por fim, e não menos importante, ouso pontuar que o estudo do site da carreira é muito importante para as fases subjetiva e oral de concursos realizados pelas bancas Cebraspe, Vunespe e FCC. Já é possível sentir um viés dos temas mais importantes da carreira específica nas provas discursivas e oral desses certames.


Espero que vocês tenham gostado das dicas.


Um grande beijo e fiquem com Deus!


Com amor!

Ju



Por Juliana Lira

264 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments

Couldn’t Load Comments
It looks like there was a technical problem. Try reconnecting or refreshing the page.
bottom of page