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Concurso Meio X Concurso Fim (diretrizes para auxiliar a escolha)

Por Jhessyca Dyra



Olá, pessoal, tudo bem? Nesta postagem eu vim falar um pouco sobre a minha experiência pessoal com relação a esse tema. Alguns de vocês talvez já tenham visto este mesmo relato nos stories da @julianatlira, mas, por se tratar de um tema relevante, achei que valia a pena deixar ele registrado aqui no blog do ProGrupo. Quem sabe esta postagem possa ajudar algumas pessoas que têm essa mesma dúvida que eu também já tive.

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Afinal, devo começar estudando para o cargo que eu realmente almejo, ou me preparo para passar primeiro em um concurso meio (concurso escada) e, somente após, começar de fato a estudar para o meu concurso fim?

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Acredito que essa é uma dúvida recorrente e válida. Já adianto que eu não posso respondê-la por você (sequer é essa a intenção desta postagem rsrs), mas acredito que explicando o que aconteceu comigo e o que eu extraí da minha própria experiência, eu possa lhe ajudar a responder essa pergunta.

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O começo dos meus estudos

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Escolhi a Advocacia Pública por volta do meu sétimo período de Direito. Comecei, então, a estudar para concursos enquanto cursava a universidade, procurando na internet por dicas de estudo, relatos de aprovados, e tudo o mais que pudesse me auxiliar no meu preparo para os concursos de advocacia pública. Nesse início dos meus estudos para Procuradorias eu tinha um estágio remunerado e ambos os meus pais ganhavam relativamente bem.

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Minha família sempre foi uma grande incentivadora dos meus estudos e, no que dependesse de meus pais, eu continuaria estudando para Procuradorias até passar. Por conta disso, eu tinha a plena convicção de que valia muito mais a pena eu continuar estudando focada para procuradorias do que começar com o estudo de uma carreira meio, como a de analista, por exemplo, já que eu não tinha intenção nenhuma de ser analista.

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Na época eu ouvia algumas pessoas falarem que eu deveria começar estudando para analista e, após aprovada, estudar para a carreira que eu realmente almejava, tendo em vista que essa normalmente é a estratégia da maioria das pessoas que querem ser aprovadas em cargos como magistratura, defensoria, enfim, para cargos de maior nível de dificuldade. Mas eu, firme no meu propósito e com o apoio dos meus pais, não tinha interesse em estudar para nenhuma outra carreira.

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Saída dos trilhos


Alguns meses após o fim da minha graduação (2017.02), me mudei para a casa da minha irmã e permaneci, durante um ano, só estudando pra procuradorias. Nesse período eu era dona de casa, babá de cachorro e estudante rsrs. Sempre que saía alguma prova de procuradoria, minha irmã me ajudava com as despesas.

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Preciso destacar que esse período em que eu me dediquei quase que exclusivamente ao estudo das procuradorias foi, sem dúvidas, de extrema importância para que eu conseguisse fortalecer minha base nas matérias mais relevantes do cargo. Foi aí que eu aprendi a estudar de forma mais estratégica por meio da resolução de questões, especialmente com a utilização do estudo reverso, dentre outras técnicas de estudo.

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Porém, nesse meio tempo, a situação financeira dos meus pais começou a mudar drasticamente, e eu fui percebendo que, por mais que eu quisesse “só estudar” para procuradorias, eu precisava trabalhar pra ajudar meus pais e pagar meus gastos com concursos.

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Por conta disso, decidi fazer algumas provas de carreiras diversas, e que eu achasse que havia chances de eu passar, sem necessariamente largar por completo o estudo para Procuradorias. Assim, fiz duas provas “fora dos trilhos” em 2019: Oficial de Justiça do TJ-MA e Analista de Controle Interno Municipal. Como eu comentei, continuei estudando para procuradorias, e, pontualmente, eu estudava alguns conteúdos de cada uma dessas provas, aplicando justamente as técnicas que eu havia aprendido durante esse meu tempo de estudo.

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Na prova de oficial de justiça eu fiquei classificada por volta da trigésima colocação e tive minha discursiva corrigida. Só que a discursiva era em penal, como já era de se esperar em uma prova de tribunal, e por conta disso, por um ponto não atingi o mínimo para me classificar (-.-‘) ...

Já na prova de analista de controle interno, eu consegui ser aprovada em segundo lugar e logo fui nomeada, justamente em janeiro deste ano, quando os meus pais e a minha família realmente mais precisariam da minha ajuda e de minha irmã.

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Aprendizado...

Então, o meu conselho para pessoas que estão em dúvida se vale a pena ou não estudar para a sua carreira fim desde o começo da sua preparação para concursos é: analise qual a sua própria situação emocional, financeira, familiar... Você precisa saber se está emocionalmente preparado para possivelmente passar 1, 2, 3 ou mais anos estudando para esse cargo (porque a gente não tem garantia nenhuma de quando vai passar), se existe apoio familiar e se há condições financeiras para o seu estudo focado na carreira fim desde o início.

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É válido você passar o tempo que seja dedicando-se exclusivamente ao seu objetivo. Até porque, no meu caso, esse período de um ano que fiquei “só estudando” foi o período em que mais cresci nos estudos.

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Da mesma forma, também é válido começar a estudar para a sua carreira fim antes mesmo do encerramento da graduação. Precisamos reconhecer que há pessoas que conseguem ser aprovadas mais rapidamente e, muitas vezes, antes mesmo do fim da graduação, como foi o caso da @julianatlira. Ou seja, é possível, mas precisamos ser realistas e entender que essa não é a regra e, justamente por isso, eu aconselharia que, ao tomar essa decisão, você tenha a mente aberta para a possibilidade de, durante essa trajetória, fazer provas para cargos meio também (como é o caso do cargo de analista), ou mesmo trabalhar como professor, caso surja alguma oportunidade.

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O futuro é incerto e este ano de 2020 veio para provar isso. Eu mesma já estava preparada para, caso eu não conseguisse ser aprovada em nenhum desses cargos para os quais fiz prova, ir deixar meu currículo nos cursinhos pra concursos e faculdades por aqui. E eu entendo que se o concurseiro se dedicou bastante no estudo da sua carreira fim, ele vai ter um conhecimento de base muito bom que vai auxiliá-lo a passar em cargos menores se houver essa necessidade, de preferência cargos que tenham mais afinidade com as matérias da carreira fim (porque penal sempre quebra minhas pernas rsrsr).

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É isso! Espero ter ajudado de alguma forma!

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Até a próxima!

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