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Como lidar com ansiedade em concursos públicos.



Olá, querido leitor, meu nome é Flávia, sou alguém que adora se comunicar e conhecer pessoas novas, e, em razão disso, por meio das nossas horas de conversas, conheci a querida Juliana, que me deu a delícia de oportunidade de falar com vocês, por meio da escrita.

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Pois bem, vamos ao tema.

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Primeiro eu gostaria de descrever a ansiedade, pelo meu ponto de vista, longe de mim querer conceituá-la tecnicamente.

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Pela minha experiência prática com a ansiedade, que eu só tive consciência após iniciar a fase “HARD” dos concursos, porque, até então, eu só me achava enérgica e acelerada, o famoso “querer as coisas para ontem, ou na minha hora” (o que, de fato são características positivas da minha personalidade), ela surgiu em razão das inúmeras reprovações em provas, nas quais criei bastante expectativa, ou daquelas que eu perdi, quando me considerei muito preparada.

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Com isso, vocês podem estar se perguntando, como você percebeu então que era uma ansiedade patológica e não uma “loucura” da sua personalidade? Pois é, é nesse ponto que quero chegar.

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Primeiro, gostaria que vocês analisassem esse texto apenas como alguém que quer passar um pouco da minha experiência nessa vida concurseira.

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Vou tentar resumir um pouco minha história. Desde a infância eu sempre fui considerada umas das melhores alunas da sala, considerando o padrão escolar, e, em razão disso, foi plantado em mim a semente/crença de que eu era imbatível, que conseguiria tudo que eu quisesse, no tempo que eu quisesse. Vejam, essa última oração, em resumo, foi o gatilho da minha ansiedade concurseira, porque, ao realizar provas, começando pelos primeiros concursos de nível médio, não passei de primeira como eu imaginava que seria (nem de perto dentro das vagas, a título de exemplo, o primeiro concurso foi MPU, ainda estava na Universidade e minha classificação ficou em torno de 4.000), o que iniciou o processo de frustração e ansiedade.

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Com isso, o tempo foi passando, eu continuei com a meta de estudar e ser aprovada em um bom concurso público, porque não me identifico com a Advocacia.

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Com base nesse ponto, pensei nas possíveis carreiras que me interessavam no serviço público e me dediquei a galgar as primeiras aprovações. No primeiro momento, logo no primeiro ano, após o final da faculdade, imergi no mundo dos concursos, não fazia nada de diferente, além de estudar, porém, a aprovação não veio. Nesse momento, tive uma oportunidade de trabalho e continuei a estudar, conciliando trabalho e estudos, de modo que em 3 (três) anos, após essa fase, eu tomaria posse no Tribunal de Justiça do Distrito Federal, como técnico judiciário, tendo sido aprovada também para analista judiciário, na classificação 490, sendo que até esse concurso, o TJDFT nomeava cerca de mil analistas nos certames, de forma que acabei criando a expectativa de ser nomeada para o cargo de analista, e, novamente, iniciou-se uma fase de frustração que perdurou por um tempo. Só para vocês terem uma ideia, eu não tolerava qualquer pessoa que perguntasse sobre concurso, ou quando eu seria chamada naquele de analista. Foi nesse momento que percebi que algo de errado estava acontecendo, porque meu perfil é de uma pessoa que não se importa com opiniões alheias, com críticas, já que eu realmente acredito que tudo é vaidade e que sim esse é um dos meus maiores pecados, vamos dizer assim, então tendo consciência dele, eu tento não importar muito com o que falam. Entretanto, no auge das frustrações, percebi que quase toda crítica me incomodava, e então resolvi ir à terapia, que foi uma das melhores coisas que fiz na vida, apesar de ter, na época, o maior preconceito sobre o assunto, porque a minha crença era “estudei tanto que devo estar pirando”, mas, na verdade, descobri que não, o certo é “estudei tanto que descobri que a vida não é do jeito que eu pensava, ou planejava, mas sim, bem melhor do que eu previ.”

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Nesse passo, sabendo que queria voltar ao meu estado emocional natural, pesquisei sobre ansiedade, todas as questões que vocês possam imaginar sobre causas e efeitos e, diante de tudo isso, resolvi colocar várias coisas em prática, que comigo deram muito certo, de maneira que hoje (até a pandemia rsrsrs) estudo com mais tranquilidade, foco e menos preocupação com o que pode acontecer e o que vai ser da prova seguinte, ou até mesmo da vida, já que não vivo mais em função de nenhuma prova, nenhum concurso específico e, principalmente, nenhuma opinião externa (vale para família, amigos e trabalho), porque cada um tem o seu tempo e as suas individualidades, que devem ser equilibradas com a tão sonhada profissão ou cargo, inclusive podendo ser alterada a cada novo dia, caso nos interessemos por algo novo.

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Diante de tudo isso, o que eu quero dizer hoje para vocês sobre ansiedade, queridos leitores, é que se trata de uma emoção como qualquer outra, mas quando tomamos a decisão de estudar para concurso, uma nova fase será iniciada na nossa vida, com a introdução de inúmeros novos hábitos na rotina e, a partir disso, novos pensamentos e sentimentos também surgirão, tanto positivos quanto negativos, e a ansiedade patológica advém da intensidade da emoção negativa que damos foco. Portanto, entendam, devemos sempre tentar focar no máximo de emoção positiva que estiver ao nosso redor, além do que compreender que ansiedade não é uma doença incurável, pois a maioria tem, em algum grau, mesmo que não queiram falar sobre isso.

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Para finalizar, quero deixar algumas dicas que me ajudaram na pior fase e continua fazendo parte do meu ritual de vida:

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1ª Ter fé em Deus. Sim, isso mesmo que você está lendo, porque a ansiedade tem origem no medo, e esse ocorre por acreditar em algo negativo que não vemos e que possivelmente nunca vai ocorrer, mas em alguns momentos preferimos isso a acreditar em algo positivo que não vemos, que é a fé em Deus, ou algo sobrenatural que você prefira, mas que te dê segurança para saber que está no seu caminho certo e que o resto não importa;

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2º Divirta-se com algo que é importante para você, mesmo que seja apenas dormir, ver séries até “morrer”, sair com amigas(os), por um período mínimo que seja, mas que recarregue suas energias;

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3º Fique apenas o tempo necessário com pessoas que sugam sua alegria;

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4º Mantenha distância das redes sociais suficientes para não receber cargas de informações desnecessárias;

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5º Medite, pois esse contato com nosso eu e com a natureza tem um poder de cura inexplicável;

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6º Encontre alguma atividade física que lhe faça bem, ou inicie uma como teste. Acredite, faz diferença;

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7º Por fim, se perdoe todos os dias, por não fazer tudo perfeito, excluindo a culpa da sua vida, se permitindo errar e se frustrar, focando na autorresponsabilidade pela vida que você quer, sabendo que o esforço para qualquer tipo de bem-estar é necessário, bem como retire o imediatismo da sua vida, se o que deseja é ser aprovado em concurso de alto nível, já que não se trata de uma corrida de 100m rasos, mas sim de uma maratona que requer dedicação, disciplina por um longo tempo, além de concentração e equilíbrio emocional, ou seja, ter que lidar também de forma segura com a sua ansiedade.

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Ah sim, já ia esquecendo, NÃO SE COMPARE, quem tem ansiedade não é mais fraco do que quem não tem, ou teve.

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Espero tê-los ajudado, compartilhando um pouquinho da minha história!

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Lembre-se: Estude, porque os lugares que alguns frequentam, enquanto você está se dedicando, não chegarão nem perto daqueles que você irá frequentar, depois da sua aprovação!

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Por Flávia Farias

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